As expectativas complicam-nos a vida. Somos rochas ou rolhas de cortiça a fluir com a vida?

As expectativas complicam-nos muito a vida. No entanto, não sei se conseguimos viver sem elas, mesmo que tenhamos consciência de que algumas podem sair completamente frustradas.

Temos altas expectativas em relação aos outros, ao seu comportamento, à forma como a nossa vida se pode desenrolar ou ao que pode chegar até nós.

Por vezes, sinto que é o medo do desconhecido e a necessidade de controlo que nos levam a criar tantas expectativas. Como se, de alguma forma, essa energia de entusiasmo que se cria com as expectativas nos ajudasse a sonhar, a acreditar, a ficar mais seguros.

Nesse processo, mesmo que inconscientemente, atiramos para as costas do outro o peso de corresponder e de não nos desiludir. Só que o outro, a resolver a sua vida e na sua caminhada, não tem de fazer isso por nós. E, na maioria das vezes, nem sabe como fazê-lo.

A reflexão desta semana é sobre “expectativas” e também a necessidade de controlar o que não dominamos. Como nos vamos dar num trabalho, numa relação, num projeto, na vida… queremos saber à partida. E essa incerteza corrói alguns de nós, deixa-nos inquietos. Mas é a vida a fazer o seu caminho, mesmo que lhe tentemos resistir.

Lembro-me de há muitos anos, numa terapia, me terem dito: “Sofia, podemos ser como as rochas, presas ao fundo do rio, ou como uma rolha de cortiça que flui com a corrente. A rolha não resiste, simplesmente vai.”

Estamos a ser rochas ou rolhas de cortiça? E como andamos a fazer a gestão das nossas expectativas? Gostava de ler as vossas partilhas.

Até à próxima segunda-feira!
Boa semana
Sofia Frazoa

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