“Less is more” – as coisas mais significativas e profundas são, na maior parte das vezes, as mais simples.

Há vários temas que quero partilhar e sobre os quais quero escrever. Tenho até uma lista com alguns, que vai crescendo a cada dia. Porém, esta semana não me apeteceu falar sobre nenhum deles.

Talvez por estar a trabalhar muito e há demasiados dias, por sentir que nada tenho a dizer esta semana ou, simplesmente, porque me apetece silêncio.

Mas, como manifestei o desejo de fazer uma partilha semanal, quero manter o hábito e a consistência. E aqui estou eu. Este fim-de-semana orientei uma formação. Numa das pausas, só me vinha à mente a conhecida expressão “menos é mais”. Ouvi-a muitas vezes na rádio, enquanto jornalista, e a ela recorro com frequência.

Nunca, como nesta fase, me fez tanto sentido o “less is more”. Menos confusões, menos ruído, menos conversa, menos explicações, menos dramas, menos coisas, menos fogo de artifício (e podia continuar com o minimalismo). As coisas mais significativas e profundas são, na maior parte das vezes, as mais simples.

Não importa a quantidade, mas a qualidade das nossas relações e experiências. De que nos vale ter 30 pares de sapatos ou 50 diplomas de cursos se, depois, não fazemos uso desse investimento nem somos mais felizes por isso?!

Mesmo quando falamos, se estivermos atentos, mais de metade do que dizemos nada acrescenta à nossa vida ou à dos outros. É o chamado “deitar conversa fora”. Parece que estamos ausentes do que é realmente importante. E assim escolhemos continuar.

A reflexão desta semana prende-se com os excessos que todos temos nas nossas vidas, em diversas áreas. Complicamos muito as nossas existências, quando o que realmente tem significado é muito simples. “Menos é mais”, de facto.

Estava na pausa a pensar nisto e a reparar numa pena. Tão leve, tão simples e, ao mesmo tempo, tão bonitinha e simbólica. “Sofia, a sério?!”, vão questionar alguns. Sim, a sério. Porque não é a pena, é a simbologia!

Pudéssemos nós ser leves, livres e sóbrios como uma pena e, ainda assim, tão intensos e importantes. Este fim-de-semana, no nosso curso, a pena foi um objeto sagrado, símbolo de proteção, limpeza e clarividência.

Até à próxima segunda-feira!
Boa semana
Sofia Frazoa

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