As Transformações Levam Tempo
As transformações levam tempo e causam desconforto. São processos que não se fazem de um dia para o outro, ao contrário de mudanças impulsivas e superficiais. Transformar é passar por uma espécie de “buraco da agulha”, com tudo o que isso tem de doloroso e solitário.
Tal como uma semente não dá frutos de um dia para o outro, também as mudanças internas precisam de tempo, cuidado e persistência. Essa demora não é sinal de fracasso, mas de maturação. E, sem ela, não há transformação profunda e verdadeira.
Durante as fases de transformação, é natural sentirmos desconforto, medo, dúvida, e, por vezes, algum cansaço. Se pensarmos nos nossos processos de grande transformação, ficamos num limbo em que o velho ainda não foi completamente embora e o novo ainda não ganhou forma. Esse espaço intermédio pode ser angustiante, pois estamos habituados a procurar respostas rápidas, soluções imediatas, segurança a todo o custo. Só que a transformação pede paciência e coragem para permanecer nesse vazio temporário.
Se estás em fase de transformação e te sentes a “passar um mau bocado”, sossega porque pode ser o sinal de que algo profundo está a reorganizar-se dentro de ti. As emoções intensas, a sensação de desorientação, as resistências que aparecem fazem parte do processo. Em breve, irás ver a luz ao fundo do túnel e estarás de novo pronta para agir e ficar em equilíbrio.
Neste processo, lembra-te também de que cada pessoa tem o seu ritmo. Comparar o nosso processo com o dos outros só gera ansiedade e autocrítica, além de ser completamente desnecessário.
As borboletas não forçam o casulo a abrir-se mais depressa. Elas permanecem no processo, ainda que apertado e desconfortável, até que as asas estejam prontas para voar. Assim também nós precisamos desse tempo de espera e dessa confiança no que está a nascer dentro de nós.
Quando deres por isso, já não és a mesma pessoa e o esforço valeu a pena.
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Até para a semana!
Sofia Frazoa